Narrado por um alfinete, a trama nos mostra algumas moças da elite fluminense se
preparando para um baile, bem como o papel de Felicidade, mucama da casa e dona do alfinete, nesta preparação.
Sendo um alfinete de uso, e não de adorno, a função do narrador é, segundo ele aponta, pregar lenços de chita das
mulheres do povo ou flores das damas da sociedade. Tendo sido adquirido por uma mulher escravizada, seu
trabalho era, portanto, segurar os tecidos de baixa qualidade utilizados por ela. Contudo, por conta de uma
reviravolta no enredo, o alfinete acaba por prender a flor que uma das moças levava ao vestido, deixando, assim,
sua “posição social” – que era o peito de Felicidade e os lugares frequentados por ela – para ir a um importante
baile da Corte. Levando isso em consideração, o objetivo deste trabalho é analisar como a escravidão e a elite são
representadas no conto, quais são as possíveis analogias entre a história do alfinete e de Felicidade, e de que
maneira os itens do vestuário são inseridos na narrativa como forma de ilustrar e enfatizar elementos formais e de
enredo.
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