SAIR
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Márcio Meirelles Gouvêa Júnior - Autêntica Editora
Ebook 312 páginas
Sinopse
Quem gosta, ou pensa que gosta, de mitos antigos pode ter neste livro a mais profunda alegria - ou a maior perturbação. Isso porque este belo trabalho organizado e traduzido por Márcio Gouvêa Júnior demonstra como a mitografia (em seu sentido estrito, "a escrita de mitos") é um fluxo instável de variantes e contradições que convivem no repertório cultural de um mesmo povo, sem a fixidez que tantos esperam quando perguntam algo como "Qual é a história de Medeia?", ou "Quem é Medeia, afinal?". E talvez se descabelem quando não há uma resposta. Em outras palavras, a tragédia Medeia do grego Eurípides é apenas um ponto - talvez o mais famoso, neste caso, já que Píndaro apresenta uma versão anterior, hoje menos conhecida -, um ponto de partida para uma história que nunca termina sua reescrita, mas não é, nem será, seu ponto final, nem deve ocupar o espaço de verdade do mito, porque o mito é o que acontece durante sua enunciação, enquanto for capaz de produzir sentidos para um povo. Não é à toa, afinal, que Medeias permanecem tão fortes em nossa cultura - e muito além da recriação homônima de Pasolini, ou da Gota d'água, de Chico Buarque e Paulo Pontes. Medeia é, no fim das contas, nosso protótipo do feminino, da feitiçaria, do fratricídio, da paixão desmedida, do filicídio, do exílio, do grande "outro" civilizatório, da violência anárquica, etc. Medeia não se resume, se apresenta. E cabe aos leitores do presente revê-la para reapresentá-la.
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